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O above e o below na publicidade, na política, no desporto e na vida em geral. E algumas histórias entre linhas.
Fui ver a semana passada e gostei francamente.
Apesar de já vencedor de uma série de prémios e nomeado para tantos outros (incluindo 5 Globos de Ouro), não é, de todo, uma produção “à Hollywood”.
Com algum humor negro à mistura, tem uma interpretação excecional de Casey Afflek (vencedor do Globo de Ouro de melhor ator, na categoria drama), que surge como o protagonista monossilábico de expressão inexpressiva e um rumo de vida sem interesse absolutamente nenhum.
É um filme simples, tremendamente realista, focado em várias tragédias familiares de pessoas vulgares. Passado essencialmente numa vila piscatória, está repleto de poderosos flashbacks e encontros (o do protagonista com a ex-mulher é de uma intensidade brutal), que associados à permanente melancolia chegam a ser angustiantes e quase agoniantes (sobretudo para quem tem filhos).
À data de hoje, são muitas as publicações americanas de prestígio que colocam o Manchester by the Sea no topo dos filmes do ano e quase parecem querer “levá-lo ao colo” a caminho das nomeações para os Óscares, em detrimento de super-heróis ou de criaturas sobrenaturais – e isto diz muito sobre o seu valor.
Vai encher a alma de quem o visionar; recomendo vivamente que o façam.
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