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O above e o below na publicidade, na política, no desporto e na vida em geral. E algumas histórias entre linhas.
Paulo Portas teve ontem a sua última intervenção como deputado na Assembleia da República, quase 21 anos depois da primeira vez em que foi eleito, despedindo-se com emoção e algum melodramatismo, tão ao seu jeito.
No discurso, disse deixar “amigos em todas as bancadas”, deu conselhos ao governo (natural referência às ilusões governativas atuais) e fez os óbvios agradecimentos. Como corolário, mereceu elogios vários, palavras de respeito e aplausos de todas as bancadas, esquerda incluída.
A clara sensação é a de que a aparente magnificência instalada ontem em S. Bento e a consensualidade perante um deputado demasiadas vezes controverso, só foi possível porque, nas bancadas, a audiência era composta por… políticos - que, como disse um dia Mia Couto, continuam a substituir a procura de soluções pela demagogia.
Enfim, no Parlamento, com ou sem irrevogáveis geringonças, a festa continua.
Salut!
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