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Vergonha Alheia

20.09.17

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Já por aqui fiz várias referências nada abonatórias a favor do presidente do meu clube. Depois do vídeo ontem divulgado, só me ocorrem palavras como pateta, ridículo ou caricato.

Para além da gestão desportiva duvidosa da equipa principal de futebol nos últimos anos (regra geral: entram dez, saem 10 e o clube não ganha nada), o pequeno tonto tem andado a pavonear-se, a destilar imbecilidades (uma sumidade nesta matéria) e a semear demagogia por todas as plataformas de comunicação que o permitem, numa contínua procura de atenção que qualquer psiquiatra conseguiria facilmente explicar.

Alguns dos meus amigos benfiquistas (sim, apesar de sócio há mais de 35 anos tenho muitos e bons amigos do clube rival) teimam em dizer-me que só pode haver drogas metidas nestas aparições. Eu, que não consigo defender o indefensável, creio mesmo ser apenas falta de tratamentos e medicação apropriada para um caso clinico de difícil resolução.

Se alguma coisa foi bem feita por Bruno de Carvalho (de repente, até me lembro de uma ou duas), estas “cenas” apagam tudo. Ao gerir o clube como se fosse o seu legitimo proprietário - coisa que, felizmente, só acontece nos seus sonhos - os limites não existem e pergunto-me se amanhã teremos o anúncio de que o parto da criança será transmitido na Sporting TV, devidamente comentado por Carlos Dolbeth. Se e quantos mais vídeos existirão que, após retirados das redes sociais por razões óbvias, voltarão a ser por lá colocados por ordem do Kim Jong-un de Alvalade. Se estes assombros da criatura algum dia acabarão.

Enfim, no apoio ao Sporting, à data, movem-me a paixão e as certezas. A de que, mesmo que ganhemos alguma coisa, a figura deste presidente jamais será uma parte positiva da história do clube. E a de que, um dia, aqueles que ainda o admiram, vão ser os primeiros a querer despachá-lo.

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No passado fim-de-semana o Banco Alimentar fez mais uma recolha de donativos, mas com menos sucesso do que o esperado. Isabel Jonet, responsável pelo extraordinário projeto, queixou-se numa entrevista de rádio ter sentido a falta de voluntários por causa do jogo do Benfica (final da Taça de Portugal) - sem voluntários, fica comprometido o sucesso da campanha de recolha.

O departamento de marketing do Benfica respondeu muito bem, mostrando que também fora de campo este ano está a milhas de todos os outros clubes. Parabéns sinceros pela iniciativa!

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Era uma vez um menino chamado Bruninho, gordinho e anafadinho, que, apesar de gostar de verdes, nunca gostou de fruta - sobretudo a do Porto, que dizia ser da pior espécie.

Apesar da educação que provavelmente lhe foi incutida ser a melhor, o Bruninho, que sempre foi um traquina, é hoje um adolescente na plenitude das suas capacidades de arruaceiro, um fanfarrão com síndromas de bipolaridade e tem uma total falta de noção do ridículo.

Como quase todos os da sua idade, adora selfies, sobretudo com jogadores de futebol vestidos de verde (bom, muitos deles, na verdade, não são bem jogadores; digamos que são outra coisa qualquer, que andam à procura de uma vocação que lhes faça sentido) e tinha, até há muito pouco tempo, o hábito de as partilhar com os seus amigos nas redes sociais.

É que, há uns dias, resolveu repentina e inesperadamente abandonar - com uma explicação esfarrapada - os milhares de amigos que tinha no facebook, dando logo azo a muitas especulações.

Alguns dizem que a namorada com a qual vai casar o quer só para ele. Dizem até que é esse casamento o grande responsável por alterar a data de um evento importante para a empresa para a qual trabalha. Sim, é verdade, o Bruninho entretanto já arranjou emprego. E logo como presidente!

Bom, o que eu acho mesmo - e é aqui que queria chegar - é que o rapaz, desde que passou a gostar de fruta, deixou de ter tempo para o facebook.

Mas como passou ele a gostar de fruta? Não tendo eu a certeza, mas crendo ser uma explicação plausível, basicamente - na passagem de criança birrenta para adolescente egocêntrico - travou amizade (recente mas profunda) com um afamado nutricionista, que o fez mudar de ideias. Mas o mais espetacular disto, é que o pôs a gostar sobretudo da fruta do Porto - aquela que, em pequeno e com muita graça, apelidava de aldrabona, rufia e vigarista.

Ou seja, para além do muito tempo que dedica aos frangos de aviário encarnados (que são uma obsessão, uma espécie de prato preferido mas que nunca consegue comer), o restante vai mesmo ter que o dedicar aos produtores frutícolas, não sobrando, pois, nenhum para as lérias no facebook. E ainda bem, dizemos nós, os sócios, que tanta vergonha alheia tínhamos delas.

Enfim, é relembrando o velho ditado “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és” que esperamos agora que os papeis não se invertam e que não seja a fruta… a comer o rapaz.

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Começou com a morte de um adepto do Sporting - podia ter sido do Benfica, era a mesmíssima coisa. Seguiram-se um convite cínico e uma resposta pateta, ao triste nível do convite. Aconteceu um jogo. Seguiram-se mais fait divers carregados de imbecilidades várias. Na prática, morreu um individuo por bárbara atitude de outros indivíduos e quem fala demais continua a alimentar ódios. Isto é futebol?

Já o disse aqui várias vezes: para esta época desportiva só era preciso (muito) menos verborreia vocal inflamatória para evoluirmos e estarmos mais perto de construir o futuro e sermos campeões. Infelizmente, a direção do Sporting manteve-se e a falta de clarividência (e de classe) de quem manda também. Continuamos a disparar para todo o lado, lançando fumo e postas de pescada por tudo e por nada, achando ser donos absolutos da verdade e da razão em todos os temas relacionados com bola. E a questão é que, mesmo tendo razão em alguns dos assuntos, ela esvai-se, dilui-se e perde-se com tanto folclore e fogo-de-artifício juntos. E, como se já não bastasse um líder com uma garganta do tamanho do túnel do Marão, este ano juntou-se-lhe um tal de Saraiva, que com as suas palermas saraivadas inconsequentes e telecomandadas à distância, enche de vergonha alheia a generalidade dos sportinguistas.

Neste jogo especifico de palavras, houve no entanto uma coisa que mudou. O presidente do clube rival - que, como se sabe, tem telhados de vidro que não acabam e está muito longe (muito mesmo) de ser um anjinho - não deve ter tomado os comprimidos e resolveu “abrir o bico”. E se até aqui os silêncios do Kadhafi dos Pneus até destilavam veneno e eram, na maior parte dos casos, mais poderosos do que a conversa dos fala-baratos, desta vez deu-lhe para “borrar a pintura”.

Para além de umas quantas “verdades de La Palice”, às tantas, e sem qualquer tipo de vergonha (e respeito), perguntou à comunicação social o que fazia um adepto do Sporting no estádio da luz às 3h da manhã.

Vieira, largo devedor à banca, mais um grande cérebro do futebol português, em tempos sócio dos 3 grandes a ver para que lado “tombava” a sua sorte, presidente de um grande clube que apoia claques ilegais (e, portanto, responsável máximo por todos os atos de vandalismo que lhes possam ser associados) devia, também ele, estar calado.

Será que alguma vez perguntou aos adeptos do seu clube a razão pela qual tantas vezes rondam e destroem património do Sporting, seja a que horas for? E não seria a altura de, já que resolveu falar, condenar de forma assertiva o suficiente os petardos e as cadeiras arremessados pelas claques (des)organizadas do Benfica?

Provavelmente julga que os silêncios recorrentes remetem para o esquecimento das selvajarias cometidas durante a poluta carreira presidencial, nomeadamente os ordenados pagos a jogadores de equipas adversárias em vésperas de jogos com o Benfica ou as contratações de jogadores de equipas adversárias, também em vésperas de jogos com o Benfica. Ou as trocas de jogos para o Algarve, ou as invasões de estúdios ou a famosa porta 18. Só que não.

Sinceramente, gostava muito que a posição do presidente do Sporting se sobrepusesse a discursos mal-intencionadas de terceiros, que o veneno destilado por uns não alimentasse o ódio de outros. Que os presidentes se focassem no que faz os adeptos ir ao estádio ou ficar pregados a uma televisão durante 90 minutos. Gostava, mas sei que não vai acontecer, pelo menos a curto-prazo. Diria até que, infelizmente, estão bem um para o outro.

Dentro de campo, que devia ser o que mais interessa, ganhou o Benfica. E duas vezes. No Sábado empatando em Alvalade e no Domingo, com o empate nas Antas. E só por milagre perderá o campeonato. Que, diga-se, justamente lhe será entregue - sobretudo pela ineficácia do Porto e pela estúpida estratégia palradora dos principais dirigentes do Sporting.

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Texto excelente. Vale a pena ler, sobretudo por sportinguistas. Aqui.

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A democracia

06.03.17

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Bruno de Carvalho foi soberanamente eleito presidente do Sporting Clube de Portugal, numa enorme manifestação de sportinguismo por parte de todos os associados que foram votar. Ele, o amigo Ricciardi e toda a sua “entourage” vão continuar a fazer do clube o que quiserem, uma vez que a esmagadora maioria dos sócios soberanamente os legitimaram para tal.

Resta-me a certeza de que o presidente passará, mas o clube ficará. Infelizmente, enquanto esta figura lá estiver, o Sporting Clube de Portugal será aquilo que ela quiser e não o que os sócios quiserem – embora, com tantos votos a seu favor, a confluência de interesses seja, pelos vistos, grande.

Resta-me a esperança de que - apesar da jactância verbal ser inenarrável e inaceitável - talvez venha de lá uma gestão desportiva e financeira que possa de alguma forma atenuar a descaracterização do nível do clube e que o 'bardamerda para quem não é do Sporting' no discurso de vitória tenha sido apenas (mais um) engano.

E que fique claro que, mesmo não me revendo minimamente na tumultuosa forma de liderança, jamais me passará pela cabeça deixar de apoiar o meu clube. Viva o Sporting!

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Tenho-me abstraído de escrever aqui sobre o meu clube, porque me custa. Porque vejo coisas a acontecer pelas mãos (e boca, sobretudo pela boca) da figura máxima do atual presidente que são tão tristes e difíceis de digerir que expô-las é também para mim quase doloroso - como creio que o seja para uma fatia significativa de camaradas sportinguistas.

No entanto, na véspera das eleições, e em jeito de reflexão, é para mim claríssimo que Bruno de Carvalho não devia continuar como presidente do Sporting Clube de Portugal. Mesmo sabendo que ganhará, provavelmente até com uma maioria clara, jamais poderei votar em quem durante os últimos anos não trouxe vitórias ao clube, se acha seu dono, vê conspirações e inimigos por todo o lado e anda de “peito feito” como se tivesse ganho todos os títulos possíveis e imaginários; são aliás estes últimos que vislumbro para os próximos anos, se mantivermos este sportinguista (disso não tenho quaisquer dúvidas) a presidir a nossa respeitável instituição.

Já aqui o disse, BDC teve o mérito de acordar um leão quase morto e ressuscitar muitos dos sócios que tinham deixado de acompanhar a equipa. Teve também o mérito de fazer alguma coisa pela valorização patrimonial e financeira do clube, embora aqui tenha algumas reservas (quem trabalha na área financeira sabe que não é difícil “mascarar” números, mesmo os que se apresentam em relatórios e contas).

No entanto, não me parece concebível votar em alguém que, para além dos poucos títulos desportivos, esteja com a boca cheia de banalidades e fale com o mundo em geral (sportinguistas incluídos) como quem se dirige a um conjunto de criancinhas. Em consciência, não posso votar em alguém que não aprende com os erros e semeia ventos por todo o lado, que desrespeita sistematicamente tudo e todos (sportinguistas incluídos) e tem uma estratégia titubeante e inconsistente para o clube. Não posso confiar numa pessoa que depois de ter apregoado “cobras e lagartos” de membros de anteriores direções, tenha agora como “porta-bandeira” alguém que transmite tudo menos credibilidade e confiança financeira aos sócios e investidores. Que na sua primeira candidatura prometeu milhões de fundos russos ou americanos ou lá de onde eram. Que rasga contratos de forma irresponsável porque lhe deu na mona, não respeitando os interesses do clube e colocando-os bem atrás das suas infantilidades.

Não posso MESMO dar crédito a alguém que demagogicamente prometeu campeonatos ano após ano (“o Sporting vai ser campeão em tudo!”), o naming do estádio e da academia ou o fecho do fosso (o do estádio e o que - metaforicamente - nos separa dos nossos rivais). Que tem neste momento a estrutura mais cara da história do clube, da equipa principal às modalidades – e qualquer leigo em gestão sabe que o efeito boomerang de uma situação destas poderá ser francamente grave, a partir do momento em que as receitas não são (em larga escala) fontes fixas de rendimento.

O Sporting de hoje gasta demais e ganha de menos. E tem um líder que continua (como ontem) com o discurso fracassado e populista dos seus antecessores na altura das derrotas: “Se não tem acontecido aquele jogo na Luz estaríamos em primeiro” (caro BDC, faça contas. Estamos a uma dezena de pontos dos primeiros…) ou “Eu assumo todos os erros e já sabemos o que vamos fazer na próxima época para os corrigir” (a sério, mesmo a sério? outra vez a mesma lengalenga?).

Já o disse aqui também e repito: o lugar de BDC é na bancada a apoiar o clube, onde saberá, com toda a certeza, como eu aliás, cumprir bem as suas funções.

Mas esta é apenas a minha modesta opinião. Respeitarei sempre quem ache que os desígnios do clube lhe estarão melhor entregues do que ao outro candidato – que, não me enchendo as medidas é o garante de um perfil de liderança diametralmente oposto ao atual e de que dias piores muito provavelmente não teremos.

Apresentou uma estrutura e uma equipa aparentemente competentes, um treinador e coordenador para o futebol com currículo para fazerem um bom trabalho e fez promessas - como sempre e em todas as eleições - que agradam e diferem em muito do trabalho feito pelo atual presidente, nomeadamente mais rigor nas contratações (espero que muito mais) e maior aproveitamento e potencialização da academia e da formação.

Compromete-se a fundamentais ajustes e rigor orçamental, diz que (com muito agrado da minha parte), os novos contratos terão uma forte componente variável (ou seja, por objetivos) e que se o treinador não ganhar sairá no final dos dois anos de contrato.

Acaba-se a espécie de monarquia instalada e passamos a ter um presidente a gerir as várias lideranças por área do clube. Regressa o basquetebol e avança o naming do estádio.

Espero que, se por acaso ganhar, acabe também de vez as obsessões várias pelos rivais (o que não significa falta de firmeza, quando necessário) e passe a imagem de que no clube as relações com os outros (sócios, fornecedores, parceiros, rivais, etc) são vividas de forma saudável e respeitosa.

É tendo a certeza que independentemente do resultado das eleições, continuarei a ser do Sporting e estarei sempre nas bancadas a apoiar as várias equipas, que espero que o ato eleitoral de amanhã corra de forma “limpinha, limpinha”, sem candidatos nas filas de votantes a exercer uma derradeira pressão no voto, sem que suspeitas existam na contagem dos mesmos e que o Sporting Clube de Portugal saia dignificado de mais esta etapa.

Ricardo Branco, Sócio nr 10.251

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Seguramente não é na hora dos (sucessivos) maus resultados que conseguimos ter o melhor dos discernimentos para avaliar uma equipa de futebol e respetiva liderança.

No entanto, há coisas sobre as quais não tenho grandes dúvidas; nomeadamente que o acumular de situações e atitudes estupidamente graves, inexplicáveis e aberrantes de quem está no topo, tem tido influência direta na prestação da equipa principal de futebol – isto já para não falar das outras modalidades e escalões, que, como se sabe, estão uma desgraça.

Nos últimos anos não temos sido um clube brilhante, longe disso, mas quando perdíamos isso não afetava a dignidade dos sportinguistas, como acontece agora.

Temo francamente que tipo de fatura pagará o clube pelos crassos erros que se estão a cometer. Do abandono de uma estratégia que, não sendo brilhante, nos ia dando algum gozo e vitórias (aposta na formação), da perda total de um certo low profile, quando contrastado pela infinita arrogância de quem manda e que ao semear ventos…

Hoje temos uma equipa carregada de “pongolles”, temos moços de recados a ir à televisão do clube dizer que os jogadores não se esforçam no limite, temos um treinador papagaio e capitães de equipa a justificarem-se de forma constrangedora. E temos o presidente Bruno de Azevedo de Carvalho que foge quando perde, que ontem (uma vez mais) não viajou com a equipa e fará, com toda a certeza, mais um comunicado apalhaçado até ao final do dia de hoje – e que, no limite, tem que ser responsabilizado pelo que o clube vive na atualidade.

E se para este “nosso” Azevedo Vale tudo para manter o emprego de sonho, espero que nas eleições que se aproximam, aconteça uma resposta forte dos sportinguistas e o metam de novo na bancada a apoiar o clube, para em nada interferir na sua gestão global. Nisso, tenho a certeza que será cumpridor. E eu também. Sempre.

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