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O above e o below na publicidade, na política, no desporto e na vida em geral. E algumas histórias entre linhas.
Que a imprensa está a passar por uma fase complicada, em que as vendas em banca vão gradualmente baixando e as consequentes receitas publicitárias também, não é novidade nenhuma.
Que há um novo título a ser lançado, sim, é uma novidade. E se for um jornal diário… é uma bomba!
No final de Fevereiro deste ano, o grupo que detém o Daily Mirror e o Sunday Mirror, apresentou o primeiro diário britânico a surgir nos últimos 30 anos.
O The New Day foi lançado com uma campanha de 6 milhões de euros e vendido em banca por 60 cêntimos, preço significativamente mais reduzido que a média dos restantes jornais britânicos. Tinha um objetivo de circulação de 200.000 exemplares / dia e assumiu-se como um jornal direcionado para quem não tinha muito tempo para ler.
Facto: os britânicos tiveram mesmo muito pouco tempo para o ler, atingindo apenas os 40.000 exemplares de circulação, o que levou a que a administração do The New Day anunciasse o fim do projeto.
Infelizmente, mesmo acreditando no efetivo valor da imprensa, arriscar e lançar um jornal diário neste ciclo complexo, é, definitivamente, uma espécie de “crónica de uma morte anunciada”.
Nota importante: apesar da vida difícil para este segmento, é espetacular perceber como se tem “virado do avesso” à procura de receitas alternativas, oriundas de ações de marketing, subprodutos, passatempos, eventos e ativações de marca. E é admirável a forma como esta reinvenção, ano após ano, ganha terreno no peso da faturação global, face às tradicionais receitas publicitárias e da venda em banca.
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