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O above e o below na publicidade, na política, no desporto e na vida em geral. E algumas histórias entre linhas.
Foi como ganhámos ontem. Com as mãos do Rui. E foi com as mãos do keeper, porque, na verdade, a nossa seleção não joga um caracol. Assim. Curto e grosso. Não jogamos nada à bola, apesar de termos elementos valiosos na equipa. E não fosse o Pepe, que está a realizar um europeu “do caraças” e o Renato, que parece ser o único que não tem medo de “agarrar na bola” e levá-la com força e garra para a baliza contrária, já estávamos, naturalmente, em casa.
Todos sabemos que “só quem está no convento é que sabe o que lá vai dentro”, mas como é que é possível, o estimado Sr. Engenheiro, ter deixado o Renato e o Adrien de fora nos primeiros jogos? E ter mantido no onze o Ricardo Carvalho, enorme jogador, mas com uma gritante falta de velocidade para os explosivos jogadores mais novos?
Se o mister não tivesse sido tão conservador, uma coisa é certa: o meio campo e a defesa teriam estado, desde o início, a construir mais valor e a ganhar rotinas para os jogos mais decisivos.
Ontem (finalmente) acertou no onze, apesar do João Mário ter andado a dormir em grande parte do jogo. Faltou-lhe, no entanto, dizer aos médios para jogar menos para o lado e mais para a frente (tentar, ao menos). Se o tivessem feito, creio que não teríamos metade do país à beira de um ataque cardíaco.
É perante a verdade irrefutável de que ninguém nos ganha e que nós também não ganhamos a ninguém (pelo menos nos 90 minutos regulamentares), que o próximo jogo, a meu ver, exige mudanças. E para além da óbvia saída do William (castigado), há que ir mais longe.
Eng. Fernando, pense comigo sff: o Ronaldo e o Nani são os nossos elementos mais desequilibradores, não são? Já reparou como andam perdidos e em esforço à frente dos médios e não estão a render metade do que podem e sabem? Resolva isso e dê-lhes asas! Sabe como? Meta o Eder a jogar. Por muito fraco que seja, fixa os centrais e deixa espaço para os extremos irem ao meio “partir a loiça” e ainda para o Adrien e o Renato dispararem à entrada da área, como tão bem o fazem.
Faça o que lhe digo! Olhe que os senhores do INEM gostavam de ver o próximo jogo descansados, que o de ontem foi de uma trabalheira louca.
Assim, está a ver?
Amigo Fernando, saúdo-o com estima e consideração. Mas lembre-se que a sorte, apesar de (pelos vistos) proteger também os menos audazes, não dura para sempre.
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