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O above e o below na publicidade, na política, no desporto e na vida em geral. E algumas histórias entre linhas.
Com o objetivo de desmitificar os preconceitos associados ao exame à próstata, a fundação Prostate Cancer Canada desenvolveu uma campanha notável, que contou com a participação da antiga estrela de futebol americano Damon Allen.
Em 200 parquímetros de Toronto procurou-se mostrar como é rápido o exame ao cancro mais comum nos homens - que, quando identificado precocemente, tem uma taxa de sucesso na cura de 90%.
Já aqui tinha escrito sobre os problemas que a imprensa atravessa, também em países com maiores índices de leitura de jornais e revistas. É o caso da Inglaterra, onde saíram esta semana alguns dados que apontam para quebras na ordem dos 18% em receitas no mês de Agosto - que se assumiu como o pior deste ano… pelo menos para já.
Por terras de sua majestade, o investimento publicitário caiu 14% nos primeiros 8 meses do ano (comparando com período homólogo do ano passado) e mesmo com o tema Brexit (Junho / Julho) a surgir como uma espécie “injeção de moral”, uma vez que proporcionou mais vendas em banca, na realidade, excetuando esses dois meses, as quebras globais foram sempre superiores a 14% em todos os outros. Se a esta informação juntarmos os 13% de quebra de investimento publicitário em 2015 e os 9% em 2014, evidentemente não estamos perante um cenário animador para o papel.
Obviamente, não existindo grande quebra de investimento publicitário no mercado em geral (tv, rádio, outdoor, etc) e não existindo menos leitores, também em geral, é fácil perceber que a migração de ambos passou (tem passado, ano após ano) sobretudo para o digital, com as redes sociais a absorverem uma “fatia” significativa de anunciantes e compradores de jornais.
Surpreendente é o movimento inovador, em estudo desde Maio pelos detentores dos principais jornais ingleses, de ser criado um único departamento de vendas de publicidade para todos, reduzindo assim custos e aumentando eficácia e escala nas negociações com clientes e agencias. Um caminho no mínimo estranho, tendo em conta que todos pertencem a diferentes grupos editoriais, mas que aparenta ter algumas possibilidades de ser concretizado – há sinais que vão sendo dados pelos players do mercado britânico nesse sentido.
Paralelismos e prognósticos à parte, mas se de um país com hábitos culturais e sociais de leitura mais do que instalados, as noticias que vêm não são boas…
Extraordinária campanha desenvolvida para a Barnardo´s, com banda sonora iluminada pela voz da Lorde. E todas as crianças com o apoio certo são capazes de milagres - e todos podemos ajudar com alguma coisa aqui.
#BelieveInMe
Os “novos” canais de comunicação, nomeadamente as redes sociais e todos os que apontam para os smartphones, seguem “de vento em popa” no que diz respeito à faturação publicitária.
O Instagram anunciou esta semana ter mais de 500 mil anunciantes ativos mensais, com destaque para os segmentos de bens de consumo, tecnologia, entretenimento, e-commerce e retalho, existindo um estudo da eMarketer que aponta para uma faturação global publicitária de cerca de 1,86 mil milhões de dólares, até ao final do presente ano.
Contribuem para este número o aumento de utilizadores da rede social (obviamente), mas também as ferramentas criativas e novos formatos publicitários introduzidos no último ano, que deram ainda mais “poder de fogo” à plataforma para a comunicação das marcas.
Paralelamente, de há dois meses para cá, foram também colocadas à disposição das contas “business profile” ferramentas de medição analítica e de promoção de posts, bem como um botão de contato – o que levou a que cerca de 1,5 milhões de empresas tenham convertido as suas contas para este perfil e aumentado naturalmente o “tráfego comercial”.
Se algum ceticismo e dúvidas se levantaram, há não muito tempo, sobre o verdadeiro potencial de comunicação para as marcas que o Instagram poderia ter, creio que o último ano tratou completamente de as desfazer.
No primeiro debate dos candidatos à presidência americana, os analistas deram uma vitória clara a Hillary Clinton. E ainda bem, que ter mais um troglodita a comandar um país - ainda por cima com a preponderância e importância que assume à escala global - é coisa de que seguramente não precisamos.
Ataques pessoais misturados com posições ideológicas foram uma constante, numa discussão até relativamente “morna” e que trouxe aos espetadores exatamente o que se esperava dos candidatos.
Hillary de discurso planeado, Trump de mal preparado e a responder muitas vezes de improviso (embora recorrendo com frequência a cábulas). Hillary controlada, Trump indisciplinado e em constantes interrupções. Hillary a evocar e a sua experiência em diplomacia na negociação de acordos de paz e Trump a referir tratar-se de uma má experiência - e a aproveitar para lembrar a fraca resistência física da candidata democrata. Hillary a assumir publicamente o erro de ter usado contas de e-mail privadas para fins profissionais quando foi secretária de estado e Trump a não querer revelar declarações fiscais e a ficar calado quando questionado pelo fato de não ter pago impostos federais. Hillary a querer tirar as armas das mãos de quem as não deve ter e Trump a falar dos gangues que andam pelas ruas cheios de imigrantes ilegais. Hillary a reafirmar que o país não pode ter como presidente “um homem que pode ser provocado por um tweet”, referindo-se à potencial reação e uso de armas nucleares, Trump a dizer que essa “tecla” está gasta.
Na ressaca do debate, o New York Times e Washington Post atacaram Trump nos seus editoriais, dizendo que mente e tem "uma visão distorcida da realidade". De fato, é pouco mais do que um irresponsável, básico e boçal, racista e preconceituoso. Mas, a verdade também, é que Hillary também não transmite a confiança ou o carisma de um presidente como Obama… que vai deixar muitas saudades.
Na Austrália, a propósito do lançamento do filme “The Conjuring 2” em DVD, foram convidadas algumas pessoas para a exibição do filme e seguidamente foram encaminhadas para uma sala, para responderem a algumas perguntas sobre a visualização. Sozinhos... deram um excelente vídeo viral para a promoção do filme. Boa noite.
As inovações no desporto, nomeadamente nos ténis, são uma constante tão intensa, que levam a maior parte dos consumidores a descobrirem necessidades até então nunca detetadas. Esse, aliás, é um dos grandes objetivos das marcas quando as apresentam, sendo também uma forma de medir o sucesso do produto, para além das vendas.
A Nike vai lançar, em Novembro, os “HyperAdapt”, uns ténis com um motor na sola que vai permitir que se ajustem automaticamente aos pés de quem os tiver a usar, deixando-os com a pressão adequada e não ficando apertados ou soltos demais (o ajuste poderá ser feito também manualmente).
Para já estarão à venda apenas nos EUA e a bateria poderá durar até duas semanas. E pelo andar da carruagem, o próximo passo é pôr quem os calça a correr sem esforço :)
Andar de bicicleta em Lisboa tende a ser cada vez mais usual. Já no início do mês tinha dado conta aqui do sistema de partilha a implementar a partir da próxima primavera e ontem foi anunciado que, nos próximos dois anos, a cidade vai ter cerca de 200 km em ciclovias - eventualmente extensíveis a Oeiras e Vila Franca.
Basicamente, a Câmara Municipal pretende unir a cidade inteira, tornando as bicicletas - que atualmente servem essencialmente para lazer - um efetivo meio de transporte alternativo na cidade, prometendo também cuidados redobrados com a segurança, uma vez que vão obrigar os automobilistas a velocidades reduzidas e colocar sinalética própria nos principais eixos de circulação.
As marcas, como sempre, estão atentas a este movimento e a Vodafone acaba de apoiar o lançamento da Lisboa Horizontal - uma aplicação móvel que calcula rotas mais planas para os ciclistas, evitando as inclinações da cidade.
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