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O above e o below na publicidade, na política, no desporto e na vida em geral. E algumas histórias entre linhas.
A curto médio prazo continuam a adivinhar-se dias complicados para quem trabalha no Novo Banco. Quando se efetuar a venda, provavelmente existirão ajustes no número de funcionários e na quantidade de balcões e novos, mais ambiciosos e difíceis objetivos. Provavelmente existirá também um rebranding, mas, até lá, a vida continua para a marca que existe e há que promovê-la - mesmo estando “ligada às máquinas”.
Sob o mote “Pense novo, pense Novo Banco”, o seu presidente, António Ramalho, assumiu as rédeas, inovou e arriscou ser ele o elo de comunicação com os consumidores, assinando com a própria voz o spot de rádio.
De facto, haverá alguém melhor que o próprio presidente do banco para tentar credibilizar uma instituição com um capital de marca “nas ruas da amargura” e tentar assumir com este movimento um compromisso de futuro?
Mas fará sentido promover uma marca que, em princípio, estará na reta final da sua existência - mesmo sabendo que após a venda os clientes se vão manter? Conseguirá com este movimento captar novos clientes e fidelizar os dois milhões que tem em carteira?
Como sempre e em quase tudo na vida, o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: a banca talvez seja hoje um dos segmentos mais difíceis de promover com eficácia. E fazê-lo bem, parece uma tarefa quase hercúlea. Parece uma ambição quase louca, a daqueles que se propõe a tentar credibilizar um setor amplamente fragilizado aos olhos dos consumidores - mais ainda quando falamos especificamente de um player que afetou, direta e negativamente, a vida de milhares de portugueses.
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