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O above e o below na publicidade, na política, no desporto e na vida em geral. E algumas histórias entre linhas.
Lembro-me bem de como andava meio incrédulo, há cerca de 8 anos, quando Obama e McCAin disputavam a presidência dos Estados Unidos e ouvia o senador em modo cowboy a “puxar” de forma boçal pelo povo americano e a quase conseguir o acesso à Casa Branca.
E se há uns anos estava incrédulo, tendo então uma consciência política diferente da que tenho hoje, a campanha de Trump e a sua pública verborreia mental foram-me deixando, nos últimos meses, em pré-choque.
1h30 da manhã e resolvi descansar. Afinal as eleições eram do outro lado e dos americanos. Às 3h não havia novidades, mas por que raio queria eu sabê-las em primeira mão? 4h nada. 6h30 indícios. Pouco depois a confirmação. E o receio do fim do mundo como o conhecemos.
Impressionante como o país mais influente do mundo elege um magnata para seu líder, depois de este perder os debates televisivos e ser confrontado por uma sucessão de escândalos e sondagens negativas. Inacreditável.
No discurso de vitória, Trump apareceu em modo estadista. Equilibrado, até porque a campanha já acabou, garantiu ótimas relações com todo o mundo e desejou a união de todo o povo americano - travando uma quebra dos futuros da bolsa de Nova Iorque, que apontava para ser maior da que a do 11 de Setembro.
Não tenho grandes dúvidas que quando a euforia passar e os conflitos internacionais lhe caírem no colo e os problemas sociais, económicos e políticos dos Estados Unidos tiverem que ser discutidos, a probabilidade do “verniz estalar” é enorme. E aí, muito provavelmente, teremos um pistoleiro Trump em ação - com as péssimas consequências que podem advir para o mundo como o conhecemos.
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