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O above e o below na publicidade, na política, no desporto e na vida em geral. E algumas histórias entre linhas.
Que merecem MESMO ser vistas. The Lost Dogs´ Home.
Seguramente não é na hora dos (sucessivos) maus resultados que conseguimos ter o melhor dos discernimentos para avaliar uma equipa de futebol e respetiva liderança.
No entanto, há coisas sobre as quais não tenho grandes dúvidas; nomeadamente que o acumular de situações e atitudes estupidamente graves, inexplicáveis e aberrantes de quem está no topo, tem tido influência direta na prestação da equipa principal de futebol – isto já para não falar das outras modalidades e escalões, que, como se sabe, estão uma desgraça.
Nos últimos anos não temos sido um clube brilhante, longe disso, mas quando perdíamos isso não afetava a dignidade dos sportinguistas, como acontece agora.
Temo francamente que tipo de fatura pagará o clube pelos crassos erros que se estão a cometer. Do abandono de uma estratégia que, não sendo brilhante, nos ia dando algum gozo e vitórias (aposta na formação), da perda total de um certo low profile, quando contrastado pela infinita arrogância de quem manda e que ao semear ventos…
Hoje temos uma equipa carregada de “pongolles”, temos moços de recados a ir à televisão do clube dizer que os jogadores não se esforçam no limite, temos um treinador papagaio e capitães de equipa a justificarem-se de forma constrangedora. E temos o presidente Bruno de Azevedo de Carvalho que foge quando perde, que ontem (uma vez mais) não viajou com a equipa e fará, com toda a certeza, mais um comunicado apalhaçado até ao final do dia de hoje – e que, no limite, tem que ser responsabilizado pelo que o clube vive na atualidade.
E se para este “nosso” Azevedo Vale tudo para manter o emprego de sonho, espero que nas eleições que se aproximam, aconteça uma resposta forte dos sportinguistas e o metam de novo na bancada a apoiar o clube, para em nada interferir na sua gestão global. Nisso, tenho a certeza que será cumpridor. E eu também. Sempre.
A WFA (World Federation of Advertisers), publicou no inicio da semana o estudo "The Value of Advertising" que, pela primeira vez, quantifica o impacto da publicidade na economia da UE28.
Desenvolvido pela Deloitte, eis os três principais destaques:
. a publicidade contribui 4,6% para o PIB da União Europeia
. em média, 1 euro gasto em publicidade gera 7 euros para o PIB europeu
. o setor representa praticamente 6 milhões de postos de trabalho
Para além das conclusões quantificáveis, a pesquisa salientou o facto de a publicidade assegurar benefícios pessoais e sociais ao financiar total ou parcialmente os media - permitindo que as pessoas beneficiem de notícias, entretenimento e ferramentas de comunicação a um custo reduzido ou mesmo gratuitamente - e que é necessário comunicar melhor o impacto positivo da indústria na economia. E neste ponto, eu não podia estar mais de acordo.
Que merecem MESMO ser vistas. Adidas.
Nota: este filme foi realizado por um estudante de cinema e apresentado ao departamento de comunicação da Adidas, não tendo obtido qualquer resposta da marca. Entretanto, tornou-se viral…
Que merecem MESMO ser vistas. Lifebuoy.
A Mansarda – IPSS com caráter cultural e cívico e sem fins lucrativos – lançou recentemente a sua primeira campanha.
A campanha “a velhice não se mascara” – e este é um tema que me começa a ser mais familiar do que desejava – pretende sensibilizar-nos para que não deixemos cair no esquecimento os grandes nomes do mundo artístico. E vale a pena divulgar.
Fui ver a semana passada e gostei francamente.
Apesar de já vencedor de uma série de prémios e nomeado para tantos outros (incluindo 5 Globos de Ouro), não é, de todo, uma produção “à Hollywood”.
Com algum humor negro à mistura, tem uma interpretação excecional de Casey Afflek (vencedor do Globo de Ouro de melhor ator, na categoria drama), que surge como o protagonista monossilábico de expressão inexpressiva e um rumo de vida sem interesse absolutamente nenhum.
É um filme simples, tremendamente realista, focado em várias tragédias familiares de pessoas vulgares. Passado essencialmente numa vila piscatória, está repleto de poderosos flashbacks e encontros (o do protagonista com a ex-mulher é de uma intensidade brutal), que associados à permanente melancolia chegam a ser angustiantes e quase agoniantes (sobretudo para quem tem filhos).
À data de hoje, são muitas as publicações americanas de prestígio que colocam o Manchester by the Sea no topo dos filmes do ano e quase parecem querer “levá-lo ao colo” a caminho das nomeações para os Óscares, em detrimento de super-heróis ou de criaturas sobrenaturais – e isto diz muito sobre o seu valor.
Vai encher a alma de quem o visionar; recomendo vivamente que o façam.
Mário Soares foi, desde sempre, um homem controverso e cujas ideias e atitudes políticas geraram, também desde sempre, amores e ódios vários.
Mesmo não empatizando exageradamente com a sua figura e forma de estar, a verdade é que estamos reconhecidamente perante a morte de um dos portugueses mais ilustres e influentes da nossa história, daqueles que vão ficar “marcados” nos livros (se, no futuro, ainda existirem livros), provavelmente pelas melhores (e incontornáveis) razões.
Para muitos da minha geração, será inesquecível a campanha das presidenciais de 1986 e os anos seguintes como Presidente da República, embora os seus grandes e mais valiosos feitos pela democracia portuguesa tenham acontecido mais de uma década antes.
De Mário Soares guardarei também a imagem de um homem fixe com uma enorme dedicação à Liberdade, de um socialista corajoso e com convicções pouco ou nada dependentes das sondagens – e isto é raro e valioso, sobretudo nos dias de hoje.
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