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Era uma vez um menino chamado Bruninho, gordinho e anafadinho, que, apesar de gostar de verdes, nunca gostou de fruta - sobretudo a do Porto, que dizia ser da pior espécie.

Apesar da educação que provavelmente lhe foi incutida ser a melhor, o Bruninho, que sempre foi um traquina, é hoje um adolescente na plenitude das suas capacidades de arruaceiro, um fanfarrão com síndromas de bipolaridade e tem uma total falta de noção do ridículo.

Como quase todos os da sua idade, adora selfies, sobretudo com jogadores de futebol vestidos de verde (bom, muitos deles, na verdade, não são bem jogadores; digamos que são outra coisa qualquer, que andam à procura de uma vocação que lhes faça sentido) e tinha, até há muito pouco tempo, o hábito de as partilhar com os seus amigos nas redes sociais.

É que, há uns dias, resolveu repentina e inesperadamente abandonar - com uma explicação esfarrapada - os milhares de amigos que tinha no facebook, dando logo azo a muitas especulações.

Alguns dizem que a namorada com a qual vai casar o quer só para ele. Dizem até que é esse casamento o grande responsável por alterar a data de um evento importante para a empresa para a qual trabalha. Sim, é verdade, o Bruninho entretanto já arranjou emprego. E logo como presidente!

Bom, o que eu acho mesmo - e é aqui que queria chegar - é que o rapaz, desde que passou a gostar de fruta, deixou de ter tempo para o facebook.

Mas como passou ele a gostar de fruta? Não tendo eu a certeza, mas crendo ser uma explicação plausível, basicamente - na passagem de criança birrenta para adolescente egocêntrico - travou amizade (recente mas profunda) com um afamado nutricionista, que o fez mudar de ideias. Mas o mais espetacular disto, é que o pôs a gostar sobretudo da fruta do Porto - aquela que, em pequeno e com muita graça, apelidava de aldrabona, rufia e vigarista.

Ou seja, para além do muito tempo que dedica aos frangos de aviário encarnados (que são uma obsessão, uma espécie de prato preferido mas que nunca consegue comer), o restante vai mesmo ter que o dedicar aos produtores frutícolas, não sobrando, pois, nenhum para as lérias no facebook. E ainda bem, dizemos nós, os sócios, que tanta vergonha alheia tínhamos delas.

Enfim, é relembrando o velho ditado “diz-me com quem andas, dir-te-ei quem és” que esperamos agora que os papeis não se invertam e que não seja a fruta… a comer o rapaz.

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