Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O above e o below na publicidade, na política, no desporto e na vida em geral. E algumas histórias entre linhas.
No primeiro debate dos candidatos à presidência americana, os analistas deram uma vitória clara a Hillary Clinton. E ainda bem, que ter mais um troglodita a comandar um país - ainda por cima com a preponderância e importância que assume à escala global - é coisa de que seguramente não precisamos.
Ataques pessoais misturados com posições ideológicas foram uma constante, numa discussão até relativamente “morna” e que trouxe aos espetadores exatamente o que se esperava dos candidatos.
Hillary de discurso planeado, Trump de mal preparado e a responder muitas vezes de improviso (embora recorrendo com frequência a cábulas). Hillary controlada, Trump indisciplinado e em constantes interrupções. Hillary a evocar e a sua experiência em diplomacia na negociação de acordos de paz e Trump a referir tratar-se de uma má experiência - e a aproveitar para lembrar a fraca resistência física da candidata democrata. Hillary a assumir publicamente o erro de ter usado contas de e-mail privadas para fins profissionais quando foi secretária de estado e Trump a não querer revelar declarações fiscais e a ficar calado quando questionado pelo fato de não ter pago impostos federais. Hillary a querer tirar as armas das mãos de quem as não deve ter e Trump a falar dos gangues que andam pelas ruas cheios de imigrantes ilegais. Hillary a reafirmar que o país não pode ter como presidente “um homem que pode ser provocado por um tweet”, referindo-se à potencial reação e uso de armas nucleares, Trump a dizer que essa “tecla” está gasta.
Na ressaca do debate, o New York Times e Washington Post atacaram Trump nos seus editoriais, dizendo que mente e tem "uma visão distorcida da realidade". De fato, é pouco mais do que um irresponsável, básico e boçal, racista e preconceituoso. Mas, a verdade também, é que Hillary também não transmite a confiança ou o carisma de um presidente como Obama… que vai deixar muitas saudades.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.