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O above e o below na publicidade, na política, no desporto e na vida em geral. E algumas histórias entre linhas.
Sou, regra geral, um gajo tolerante. E cada vez mais tenho menos pachorra para merdas sem importância nenhuma, perante uma conjuntura global catastrófica.
O que me faz “virar do avesso” são coisas como a que ontem aconteceu em Manchester. E que fazem vir ao de cima aquilo que imagino seja o pior de mim, ao ponto de desejar aos seres que cobardemente as perpetram, coisas tão más que nem consigo descrever.
Estes atos terroristas têm alastrado o medo por todo o lado, como se de um vírus se tratasse. Nas zonas turísticas e de grande tráfego ou nas salas de espetáculos, num qualquer momento de lazer com amigos ou família, não são raras as vezes em que nos passa pela cabeça a hipótese de um qualquer acéfalo se fazer explodir ou atropelar indiscriminadamente quem estiver à sua frente. E a normalidade com que estas coisas nos ocorrem significa que já nem sequer estão ao nível do subconsciente; a constatação de que a ameaça existe e pode acontecer efetivamente em qualquer lugar - mesmo num que pareça pouco provável e no qual até nos sentimos bastante confortáveis - é, talvez, uma das maiores vitórias do terrorismo. A bem de uma razão qualquer, que não é mais do que pura estupidez humana.
É esperando que a proximidade destes acontecimentos não nos traga desgostos maiores, que nos resta mostrar solidariedade para com as famílias das vítimas e aproveitar os meios e as redes sociais nesse sentido.
Os que mandam, os grandes líderes mundiais, não podem limitar-se a reagir como nós. A eles exige-se que, no combate ao terrorismo, os grandes interesses económicos não interfiram nas suas decisões. E que o seu “eagle eye” não aponte exclusivamente para o respetivo umbigo. Em nome da paz.
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