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Brothers in Arms

08.06.17

Tenho o (in)feliz hábito de me deitar tarde. Por uma série, um livro, um filme, jantares ou simplesmente o prazer de uma boa conversa, nunca quero saber (nem me lembro) que tenho que acordar todos os dias às 6h45 para levar os miúdos à escola. Ontem, por uma imperdível noite quente, foi um passeio na Feira do Livro e um jantar tardio com a melhor companhia do mundo no Bairro do Avillez, que me levou a deitar (bem) tarde.

O pior disto é que são alguns os dias em que o meu caçula Mateus resolve não dormir bem ou acordar cedo - e hoje foi um desses dias. Por volta das 6h da manhã, o pequeno estafermo - que, de repente, parece apaixonado pelo pai – resolve chamar e obrigar-me a ir para a cama dele, de onde saio ao fim de 10 minutos, para voltar à base. Ele não se fica e vem para a minha cama chatear a dizer que queria brincar com carrinhos. Entre o dormitar e o “quero o carrinho” tocou o despertador. Brothers in Arms, versão ao vivo do On the Night dos Dire Straits (1993) tem estado a acordar-me nos últimos dias e assim que começaram os primeiros acordes, os olhos dele muito abertos saltaram para cima dos meus. E ele para cima de mim. Em silêncio, embrulhado ao meu colo, ouviu a música até ao fim. Perguntei se tinha gostado, ouvi primeiro um “shim” e depois um “outra vez”. E ouvi, ouvimos outra vez, a olhar um para o outro. Dia ganho para mim e a esperança maior de que a boa música atravessará gerações sem limites temporais.

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Salvador

10.05.17

Tenho a sensação que a última vez que vi e ouvi falar do festival da eurovisão sem ser completamente “en passant” terá sido quando os ecrãs onde o víamos eram ainda a preto e branco.

Ontem ouvi pela primeira vez a música do Salvador Sobral que concorre este ano em representação de Portugal e devo dizer que fiquei muitíssimo surpreendido. Mesmo estranhando numa primeira vez “a figura interpretativa”, a verdade é que “Amar pelos dois” é brilhante e melodicamente tão harmónica que me chega a transportar para a música brasileira de que tanto gosto.

Suave, cristalino, introspetivo, emocional e com um magnetismo quase desconcertante, este tema parece estar a atingir um patamar e uma relevância que há muito não víamos na música portuguesa – e, quanto mais não seja por isto, alguma honra tem que lhe ser já feita.

A final é no próximo Sábado e, pelo que me tenho apercebido, vamos ter Portugal pregado aos ecrãs para a ver, como já não acontecia num concurso da eurovisão desde que a maioria por cá não tinha ainda televisão a cores.

(e, talvez por ter 4 filhos, confesso que gosto de ver o rapaz com a irmã Luisa Sobral, que escreveu e compôs o tema, alinhados no mesmo projeto e objetivo, juntando-os um amor especial que aparenta ir muito para além dos laços de sangue).

(e entretanto descobri esta versão absolutamente genial e deliciosa, que partilho).

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Soube há uns dias que o “The Joshua Tree” foi lançado há 30 anos. Estupefação à parte, não acreditei e pesquisei. E era mesmo verdade. E encontrei este excelente artigo no Observador. E ouvi outra vez, várias vezes, um dos álbuns da minha vida. E (re)oficializei o Running to Stand Still como a musica que mais gosto. E penso em como o seu o título se adapta e “dissolve” bem nos dias de hoje: a vida numa correria desenfreada com a sensação de que não saímos dos níveis de stress loucos em que nos metemos. A saborosa vida a desenrolar-se entre trabalho, família e amigos, sem que no entanto consigamos ter uma janela para refletir sobre o futuro, muitas vezes nem mesmo o que se afigura a curto-prazo.

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Bruce

30.01.17

Este vídeo já tem uns anos, mas é tão bom que merece ser partilhado vezes sem conta. Numa fase em que a música “de plástico” domina os tops, em que as bandas desapareceram para dar lugar a figuras que dão a sensação de que pouco “respiram” a música que lhes sai da boca para fora, eis o esplendor inigualável de Bruce Springsteen.

Aconteceu em Leipzig, num daqueles momentos em que agarra num cartaz levado por um fã com um nome de uma música para cantar. Problema: “you never can tell” de Chuck Berry (e que nos ficou na memória num épico momento de Pulp Fiction, protagonizado por John Travolta e Uma Thurman) não fazia parte do seu longo e vasto reportório.

A banda seguiu o líder e após um curto “ensaio”, o resultado é, como não podia deixar de ser, impressionante. Boa semana!

 

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concerto.JPG

Nos últimos dois / três anos, a música clássica tem encontrado na minha vida um espaço cada vez maior.

Alguns, com simpatia, dizem que é a maturidade. O que sinto, na realidade, é uma necessidade - que nos últimos meses tem sido quase diária - de ouvir sons novos e absolutamente arrasadores.

Sei que jamais deixarei de ouvir a minha “música de sempre”, mas a paz e chama no mesmo minuto que os clássicos proporcionam e a beleza e complexidade de sons com que nos deixam a pensar que magos eram aqueles que compuseram aquelas músicas, é algo que sinto ter-me “agarrado” para sempre.

Inspirado no tradicional encontro anual em Viena, ontem foi dia de Concerto de Ano Novo, no Coliseu de Lisboa. Tendo como base as melhores valsas, polcas e marchas de Strauss, tenho a certeza de que, musicalmente falando, não poderia entrar em 2017 de forma mais fascinante.

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Gira-discos

21.11.16

Ion.jpg

Depois da Tesco, da ALDI e da Sainsbury´s o terem anunciado o ano passado, agora foi a vez do Lidl comunicar que vai passar a vender gira discos nas suas lojas no Reino Unido, com ligação USB para digitalização e por 50 libras.

Para quem, como eu, é da “geração vinil” e tem uma coleção invejável na arrecadação… está na altura de lhe pegar outra vez. Quero!

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Leonard Cohen

11.11.16

leonard-cohen.jpg

aqui tinha dito que se Dylan ganhou o Nobel da Literatura, também Cohen o teria merecido.

Deixa uma obra única e a certeza de que jamais existirá outro como ele, neste dia triste em que se anuncia a morte de mais um iluminado das artes, mais uma perda irreparável para o mundo da música.

Disse numa entrevista ao New Yorker, poucos dias antes do lançamento do seu último trabalho há cerca de um mês, estar pronto para morrer. Mas nós não estávamos prontos Sr. Cohen.

 

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Este concerto faz 30 anos em 2017. 30 anos! Hoje deu-me para ouvir em loop um dos melhores albuns dos U2, Live from Paris.

 

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